Sinal vermelho nas aposentadorias! Governo prevê rombo de R$ 29,9 trilhões na Previdência em 2100
A última mudança nas regras da Previdência foi promulgada pelo Congresso em 2019, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro

As contas da Seguridade Social no Brasil, geridas pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e outros ministérios, preveem um rombo de até R$ 29,9 trilhões em 2100, se não houver medidas para frear as divergências entre receitas e a despesas do RGPS (Regime Geral da Previdência Social), o equivalente a 11,61% do PIB (Produto Interno Bruto).
A necessidade de financiamento em 2025 está estimada em R$ 338,1 bilhões, ou 2,68% do PIB, conforme Balanço Geral da União de 2024.
O documento foi divulgado nesta quinta-feira (3).
A última mudança nas regras da Previdência foi promulgada pelo Congresso em 2019, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, e especialistas apontam a necessidade de uma nova reforma no sistema, elencando as razões que se fazem urgentes:
Crescimento da informalidade – com o aumento de 26,7% no número de trabalhadores sem carteira assinada de 2016 a 2023, segundo levantamento da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), embasado em dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que no ano passado atingiu 13,5 milhões.
Desaceleração entre formais – houve crescimento de 3% em 2023 frente a 2022 entre os que têm carteira assinada: o estoque saiu de 36,9 milhões para 38 milhões. No ano anterior, a alta foi de 6,9%.
Envelhecimento dos brasileiros – a população com 65 anos ou mais cresceu 6,5% de 2010 a 2022: saiu de 14,1 milhões para 22,2 milhões, representando 10,9% dos brasileiros e demandando mais gastos com aposentadorias, ao mesmo tempo em que há uma redução nas contribuições ao sistema previdenciário.