Relator na ação penal que faz parte da Operação Lava Jato, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou favorável, na quarta-feira (17), pela condenação do ex-presidente e ex-senador Fernando Collor de Mello. A pena foi estipulada em 33 anos, dez meses e dez dias de prisão por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
O ministro Alexandre de Moraes acompanhou o relator Edson Fachin e também votou favorável à prisão de Collor. O julgamento terá prosseguimento nesta quinta-feira (18).
Na mesma ação em julgamento, estão Pedro Paulo Bergamaschi de Leoni Ramos, ex-ministro de Collor quando era presidente da República; e Luís Amorim, diretor das Organizações Arnon de Mello, conglomerado de mídia do ex-senador.
Em suas considerações, Fachin ressaltou que “há provas sólidas e suficientes para confirmar os crimes”. Ele acrescentou que o “ex-senador utilizou da sua influência político-partidária para promover indicações às diretorias da BR Distribuidora S/A e, com a adesão dos respectivos diretores indicados, criar facilidades para a celebração de contratos pela aludida sociedade de economia mista com empresários que anuíram ao propósito delituoso do grupo”.
Já o ministro Alexandre de Moraes, justificando o seu voto, disse: “que não havia outra explicação para a união dos três que não fosse com o objetivo de praticar corrupção passiva”.