Tempo de reabertura no comércio e a cautela é a palavra chave

Confira a segunda coluna do professor Marcelo Ferreira para DeFato

Tempo de reabertura no comércio e a cautela é a palavra chave
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Foi com muita alegria que recebemos notícia, ainda que de forma parcial e com os protocolos a serem seguidos, da reabertura das atividades comerciais de diversas cidades do Estado de Minas Gerais.

Assim, por quase 60 dias fechadas, as empresas que sobreviveram a esse período, devem recomeçar a se estruturar novamente e refazer seu capital de giro. A cada recomeço alguma coisa sai diferente.

Logo, provavelmente para algumas atividades a recuperação seja mais rápida enquanto que para outras um pouco mais demorada. Isso, porque nesse último período fechado muitas coisas aconteceram afetando, também, diretamente o consumidor e isso pode em algum momento afetar seu hábito de compra ou até mesmo sua condição financeira.

Penso que nesse momento, os empreendedores devem, mais do que nunca, agir com cautela e avaliar o desenrolar das vendas e se adaptarem onde for necessário. Se for investir em estoque, que o faça com segurança, em um volume menor e com prazo de pagamento alongado. Assim poderá ter mais alguma folga para recompor seu capital de giro.

E por falar em capital de giro, torna-se importante verificar como as despesas serão honradas durante esse momento que o capital estiver sendo recomposto. Algumas novidades aparecerão nesse período, como a opção de prorrogação dos empréstimos e financiamentos junto às instituições financeiras e da assinatura da nova Medida Provisória que permitirá a suspensão ou redução da jornada de trabalho e salário do trabalhador por até 3 meses.

No caso do empréstimo, avaliar bem a necessidade de estender o tempo desse empréstimo ou pagá-lo, pois seu pagamento implica em redução de dívida e melhoria de indicadores das agências de rating.

Por outro lado, também avaliar se vale à pena entrar na Medida Provisória, visto que dá a opção de recompor o capital de giro, mas como contrapartida, gera a estabilidade do funcionário por igual período. Pode ser uma armadilha dentro de um cenário de redução de quadro de pessoal. Penso que, dependendo da condição, o meio termo seria uma boa opção, incluindo somente os funcionários que realmente agregam valor ao negócio.

Importante ressaltar que o acompanhamento e orientação do Empreendedor, nesses tempos, é vital, pois, como líder, será aquele que conduzirá sua empresa para o porto seguro em tempos de tempestades.

Marcelo Silva Ângelo Ferreira, Doutor e Mestre em Administração de Empresas; Professor na Funcesi; Pesquisador e Empreendedor no Segmento de Serviços. O conteúdo expresso é de total responsabilidade do colunista e não representa a opinião da DeFato.

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