Valério tenta acordo com Ministério Público e Corpo de Bombeiros para liberar o Israel Pinheiro

Situação é complicada e depende de o clube cumprir uma série de determinações impostas pelas autoridades; partida deste domingo será novamente em São Gonçalo do Rio Abaixo

Valério tenta acordo com Ministério Público e Corpo de Bombeiros para liberar o Israel Pinheiro
Presidente Precata, Sérgio Gomes (Conselho Deliberativo) e advogado Glaucius Bragança falaram sobre situação do Israel Pinheiro – Foto: Rodrigo Andrade/DeFato

Se vai bem dentro de campo, com três vitórias em três jogos disputados, o Valério ainda tem muitos problemas para resolver fora das quatro linhas. O clube ainda não desistiu de tentar a liberação do Estádio Israel Pinheiro, em Itabira, para mandar suas partidas. A situação, no entanto, é muito complicada. O clube teria que providenciar algumas adequações no complexo esportivo, mas não tem dinheiro para isso. A busca, então, é por um Termo de Ajustamento de Condutas (TAC) junto ao Ministério Público, em que a diretoria se comprometeria em solucionar os problemas detectados posteriormente.

A situação foi explicada na manhã desta quarta-feira, 22 de agosto, pelo presidente do Valério, Luiz Antônio de Oliveira “Precata”. Ao lado do presidente do Conselho Deliberativo do cube, Sérgio Henrique Gomes, e do advogado Gluacius Bragança, que auxilia a diretoria, o cartola falou à imprensa sobre os problemas do VEC para conseguir mandar seus jogos em Itabira, diante da torcida. As condições do estádio de São Gonçalo do Rio Abaixo, plano B do Dragão, também foram abordadas.

O Corpo de Bombeiros não concedeu o auto de vistoria (AVCB) ao Valério. A corporação alega que há irregularidades quanto às normas de prevenção contra incêndio e pânico no complexo. Segundo Precata, os problemas principais estão relacionados à falta de dispositivos anti-pânico nos portões e à presença de uma igreja evangélica dentro da área do clube. As autoridades consideram que o templo religioso é um organismo independente e necessita de um projeto específico, mas que teria que ser aprovado junto a de todo o complexo.

O procedimento de liberação do Israel Pinheiro tem uma particularidade, já que o estádio está inserido dentro de um complexo maior, que é o clube social do Valério. A diretoria até tentou a liberação parcial, apenas da área de jogo, mas os bombeiros não aceitaram. Ainda é exigido do VEC uma área específica, separada por barreira física, para abrigar a torcida visitante, com banheiros, lanchonetes (ou ambulantes), bilheteria própria e passagem independente; e uma entrada privativa para árbitros e atletas.

Igreja evangélica dentro do complexo esportivo é outro obstáculo para liberação do AVCB – Foto: Rodrigo Andrade/DeFato

Tentativa de acordo

Sem dinheiro para conseguir as alterações exigidas pelo Corpo de Bombeiros, o Valério tenta um acordo com o Ministério Público, em Belo Horizonte. A diretoria sugeriu um TAC ao promotor Paulo de Tarso Morais Filho, em que se comprometeria a solucionar os problemas em um determinado prazo.

“Desde que assumi o Valério, venho fazendo diversas adequações necessárias. A gente respeita muito as autoridades, sabe que os bombeiros estão agindo dentro da legalidade. E o que é correto tem que ser feito. Nós vamos fazer, só não temos o dinheiro. Então, estamos sugerindo esse TAC, para ver se conseguimos liberar o estádio”, disse o presidente do Dragão.

O problema é que outros TAC já foram celebrados em gestões passadas, com o mesmo objetivo de liberar o estádio, e as promessas não foram cumpridas. “Queremos que as autoridades confiem que desta vez será diferente. Nossa diretoria é muito séria”, pediu o dirigente valeriano.

Presidente do Valério pede apoio e confiança para conseguir liberar o estádio – Foto: Rodrigo Andrade/DeFato

Em São Gonçalo

Com tantos entraves e tempo escasso para a próxima partida, o Valério enfrentará o Coimbra, neste domingo, 26 de agosto, às 10h, em São Gonçalo do Rio Abaixo. Será a segunda partida do Dragão na cidade vizinha. A primeira foi com portões fechados, por causa da ausência de laudos de segurança. Neste próximo jogo, o VEC espera ao menos ter apoio de sua torcida.

A liberação do estádio depende exclusivamente da liberação de um laudo por parte da Polícia Militar. O problema é o prazo. Esse documento teria que ser enviado o mais breve possível à Federação Mineira de Futebol (FMF), responsável por confeccionar os ingressos para a partida. “Eles pedem dois dias para rodar os ingressos e nos mandar a carga”, explicou Precata.

“Seria lastimável ter que jogar com os portões fechados novamente. Precisamos dessa verba do público para conseguir honrar com os compromissos”, lamentou o presidente, que fez questão de agradecer ao apoio que tem recebido do município vizinho.

Procurada por DeFato Online, a FMF informou, por volta das 16h, ainda não ter recebido qualquer documentação de liberação para o estádio são-gonçalense.

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