Vaticano aprova padres gays, mas exige celibato
Decisão do Vaticano orienta que a sexualidade dos seminaristas passe a ser considerada como mero traço de suas personalidades
O Vaticano anunciou que aprovou uma série de medidas propostas por bispos italianos. Entre elas está a autorização da presença de homens gays nos seminários para padres. No entanto, a instituição exige que os gays se abstenham do sexo. A informação consta no site da Conferência dos Bispos Italianos desde a última sexta-feira (10).
Uma diretriz anterior do Vaticano, com data de 2016, instruía os seminários em todo mundo a evitar a presença de sacerdotes com “tendências homossexuais”. Já as novas medidas, que o mundo conhecer nesta semana, orientam que a sexualidade seja tratada como um traço a personalidade de cada seminarista. Ou seja, oficialmente nunca houve proibição, mas a partir de agora haverá tolerância.
Embora o mundo considere opapa Francisco um líder católico mais sensível à causa, esse tema permanece um tabu no meio religioso. Há doze anos no Vaticano, Francisco foi responsável por decisões como a autorização para celebração de casamentos de casais homoafetivos.
Para além da questão da sexualidade, o celibato dos seminaristas segue como uma preocupação do papa e do Vaticano. Em 2016, ele já havia orientado que aqueles que não assumem o compromisso e mantém relações sexuais não devem permanecer no sacerdócio.