Velho problema: poeira da Vale volta a tomar conta do céu itabirano

Situação foi registrada nesta quarta-feira em vários bairros da cidade

Velho problema: poeira da Vale volta a tomar conta do céu itabirano
Fenômeno voltou a ser registrado nesta quarta-feira.
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Já virou rotina: basta ocorrerem ventos um pouco mais fortes para o céu itabirano ser contaminado por uma forte poeira, oriunda das minas da Vale na cidade. A “nuvem de poeira”, como costuma ser chamada, foi registrada novamente na tarde desta quarta-feira (18) em diversos bairros da cidade, como Pará, Centro, Amazonas e Esplanada da Estação.

Além de poluir o ar itabirano, o fenômeno é prejudicial, principalmente, a pessoas que possuem doenças respiratórias, como já foi explicado em uma matéria da DeFato Online. Abaixo, você confere algumas imagens e vídeo da nuvem de poeira desta quarta.

Em fevereiro deste ano já havia ocorrido situações do tipo em Itabira. Na oportunidade, a nuvem de pó antecedeu uma tempestade de verão que atingiu parte da cidade e teve curta duração: cerca de 40 minutos. No ano passado, a Vale chegou a receber sanções pelo dano causado ao ar. Dois episódios em julho de 2021 geraram, à mineradora, um prejuízo financeiro próximo dos R$ 7 milhões. À época, as multas foram aplicadas pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente.

Em entrevista recente à DeFato Online, a professora doutora Ana Carolina Vasques Freitas, à frente doPortal ItabirAR, projeto responsável por elaborar boletins mensais sobre a qualidade do ar em Itabira, deu mais detalhes sobre o tema. Segundo ela, as “nuvens de poeira” se formam quando há uma combinação de um clima seco e quente com poeira acumulada ao longo de vários dias, junto com a ocorrência de ventos fortes que podem anteceder chuvas mais intensas.

A professora aconselha, principalmente àqueles que possuem problemas respiratórios, que os itabiranos permaneçam em ambientes fechados durante o fenômeno.

“A população deveria permanecer, preferencialmente, em ambientes fechados quando esses eventos ocorrem, especialmente pessoas que possuem histórico de problemas respiratórios. Ainda que seja um fenômeno de curta duração, os impactos e recorrência desses eventos na população precisam ser avaliados, de forma a serem desenvolvidas estratégias para mitigação dos mesmos”, reforça a professora.

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