Vereador Reginaldo Santos é intimado pela Polícia Civil

O parlamentar não foi encontrado e a intimação foi recebida por um assessor.

Vereador Reginaldo Santos é intimado pela Polícia Civil
Foto: Thales Benício/DeFato
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Investigadores da Polícia Civil estiveram na Câmara de Itabira, na tarde desta segunda-feira (6), para intimar o vereador Reginaldo das Mercês Santos (Patriota) a prestar depoimento. De acordo com o delegado regional Helton Cota, Reginaldo Santos terá que comparecer à delegacia para prestar esclarecimentos sobre as acusações feitas durante a reunião ordinária da última terça-feira (30), contra o presidente da Câmara, vereador Heraldo Noronha Rodrigues (PTB).

O parlamentar não foi encontrado e a intimação foi recebida por um assessor. O inquérito é sigiloso. No entanto, não corre em segredo de Justiça.

Reginaldo Santos se baseou em um depoimento de uma ex-servidora do Legislativo, dado à Polícia Civil em dezembro do ano passado, para acusar Heraldo Noronha da prática de rachadinha. O vereador, inclusive, protocolou na Câmara o pedido de afastamento do presidente de suas funções.

Heraldo Noronha nega o fato denunciado e disse que Reginaldo Santos terá que provar na Justiça, caso contrário poderá responder pelo crime de calúnia.

Histórico

A denúncia apresentada por Reginaldo Santos foi feita após o vereador ser punido pela Comissão de Ética e Decoro Parlamentar no caso de importunação sexual contra uma servidora do Legislativo. O vereador recebeu uma “censura verbal” por ter dado um tapa nas nádegas da servidora. O caso aconteceu em 1º de abril do ano passado, às 18h52, em um dos corredores do Legislativo. O ato foi registrado pelo circuito interno da Câmara.

Antes da avaliação da Comissão de Ética, em 6 de junho do ano passado, a Polícia Civil de Itabira indiciou o vereador pelo crime de importunação sexual.

Além disso, Reginaldo das Mercês foi condenado, em primeira instância, em agosto do ano passado, após ter sido indiciado pela Polícia Civil. Ele é acusado de ter desviado materiais de construção na época em que exercia o cargo de administrador do distrito de Senhora do Carmo em Itabira. O vereador terá o recurso julgado em segunda instância na próxima semana. 

Vale lembrar que no início do mandado, Reginaldo Santos foi inocentado no processo que cassaria o seu diploma na Câmara de Itabira. O vereador enfrentava na Justiça uma denúncia por capitação ilícita de sufrágio – a chamada compra de votos. Segundo denúncia do Ministério Público Eleitoral de Itabira, um cabo eleitoral e um irmão do parlamentar teriam transportado eleitoras para votar no distrito de Senhora do Carmo. A ação foi flagrada pela própria promotora Giuliana Talamoni Fonoff, que acionou a Polícia Militar no dia da eleição.