Vereadores aprovam aumento do próprio salário em João Monlevade
Vereadores tiveram segundo reajuste salarial em seis meses.

Os vereadores de João Monlevade aprovaram, no final da tarde da última sexta-feira, 21 de março, o aumento dos próprios salários em 5,56%. O projeto, votado às pressas em reunião extraordinária realizada na Câmara Municipal, também tinha como objetivo o reajuste para o prefeito, vice e secretários, além do aumento concedido pela Prefeitura aos servidores municipais, de 7%.
O projeto foi aprovado por oito votos a favor e dois contra, sendo eles dos vereadores Belmar Diniz (PT) e Thiago Titó (PMDB). Belmar alegou que não concordava com o aumento, pois há outras prioridades a serem resolvidas no município. Ele ainda criticou a administração da cidade. "Acho que não é o momento adequado. Devíamos pensar mais na população e votar esse aumento em outra oportunidade. Ao invés de resolver os problemas da cidade, aumentar nossos salários?”, destacou Belmar.
Já o vereador Djalma Bastos (PSD) defende o aumento salarial dos políticos. "Aquele vereador que não achar justo e correto que abra mão do aumento", disse. Com o reajuste, os vereadores de João Monlevade passam a receber um salário bruto de R$6.528, 64. O prefeito passará a ter um vencimento de R$14.778,04, o vice-prefeito receberá R$5.911,36 e os secretários municipais R$6.571,11.
O aumento dos servidores
Já o reajuste de 7% concedido pela Prefeitura aos servidores, apesar de não ter sido aceito pela categoria em assembleia realizada pelo Sintramon na semana passada, foi assim mesmo votado pelos vereadores. A atitude causou indignação ao presidente da entidade, Carlos Silva, que tratou a votação como absurda e antidemocrática, por atropelar a opinião dos servidores.
Na reunião, o vereador Thiago Titó reclamou do atropelo e pressa para votar projetos tão importantes, sem que se possa fazer um estudo e uma análise mais aprofundada para que possa votar com segurança. “Não sou contra o aumento para os servidores. Sou contra a forma como estamos votando esses projetos. Na pressa e no atropelo. Em assembleia do Sintramon, os servidores foram contra o aumento de apenas 7% e nós estamos votando mesmo assim”, salientou Titó.
Mais uma vez o vereador Djalma se manifestou declarando ser favorável ao aumento de 7% e justificando a rapidez na votação. “São 2.070 servidores e a assembleia do Sintramon contou com pouco mais de vinte pessoas. Temos que votar com rapidez e agilidade para que o aumento entre já na folha de pagamento da próxima semana”, destacou.
Outro que defendeu a administração foi o vereador Telles Guimarães (PSC), dizendo que o servidor está satisfeito com o reajuste. “Visitei vários setores da administração e todos querem que se vote o aumento de 7%. Temos que votar para não prejudicar os funcionários. Depois, quem for contra que entre na Justiça”, destacou Telles.
Demais projetos
Mais dois projetos foram aprovados na reunião extraordinária da sexta-feira passada. O projeto de lei 821/2014, de iniciativa do prefeito, que autoriza o Executivo a alterar as leis municipais nº 2.063/2013, que dispõe sobre o plano plurianual do período de 2014 a 2017, a nº 2039/2013, que dispõe sobre as diretrizes orçamentárias para o exercício de 2014 e a nº 2062/2013, que celebra convênio com o município de São Gonçalo do Rio Abaixo e realiza despesas correspondentes, foi aprovado por unanimidade.
O outro projeto é o 822/2014, também de iniciativa do prefeito, que trata da extinção da Frente de Trabalho Municipal, em virtude da contratação de empresa Pontes de Minas para executar o trabalho de limpeza urbana, em licitação ocorrida recentemente. (Com informações A Notícia Regional)