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Vetão se junta a Heraldo e pede desmembramento das propostas do plano de cargos e salários voltadas aos professores

plano de cargos

Ex e atual presidente da Câmara adotaram mesmo discurso nos últimos dias. Foto: Victor Eduardo/DeFato Online

Como prometido, centenas de servidores compareceram à Câmara Municipal de Itabira, nesta segunda-feira (27), para discutir o plano de cargos e salários, analisado na reunião de comissões pela primeira vez. Apesar de muito barulho e discursos quentes, pouca coisa avançou. Uma novidade do encontro de hoje foi o apoio do ex-líder de Governo, Weverton Leandro Santos Andrade “Vetão” (PSB), a Heraldo Noronha Rodrigues (PTB), presidente do Legislativo.

Ambos defendem que a votação das propostas aos professores, classe mais satisfeita com o plano, seja feita separadamente. Assim, dizem, poderia-se discutir com mais tranquilidade os ajustes necessários a outras categorias insatisfeitas com o texto.

“Fica aqui o pedido ao nosso secretário Gabriel Quintão. Acho justíssima a luta dos professores, mas, se houver possibilidade, envie separadamente o projeto dos professores para dar tempo para discutir as demais categorias”, solicitou Vetão nesta tarde.

Escolhas e consequências

Presidente da Câmara, Heraldo Noronha defendeu a autonomia da Casa em não votar o plano de cargos e salários enquanto novas mudanças não acontecerem.

“Ele tem direito de não mudar o projeto, mas também temos o direito de não votar o projeto até todos os servidores serem ouvidos. Eu não mexo na autonomia dele, que ele também não mexa na autonomia da nossa Casa”.

Acusado de autoritarismo por alguns servidores, o petebista transferiu a pecha ao prefeito Marco Antônio Lage (PSB), por supostamente não sentar com outras categorias. E assim como em um vídeo divulgado no último final de semana, voltou a defender o desmembramento das propostas à Educação. Caso isso aconteça, diz Heraldo, o projeto seria votado imediatamente.

“Ele fala no lado social, que lado social, se não está olhando os menos favorecidos? Ele está olhando a turma dos professores, coisa que o governo federal já deu, nada mais que o piso salarial dos professores. Por que ele não desmembra esse projeto? Chegando com esse projeto desmembrado, eu voto na mesma semana. Ele me dá só três dias para a gente ver esse projeto. Fazemos extraordinária, votamos à noite, de madrugada, mas liberamos o projeto dos professores”, concluiu.

Sem chances

Apesar dos apelos, o secretário municipal de Administração, Gabriel Quintão, rechaçou a possibilidade de uma votação à parte das propostas aos professores.

“Não (é possível), porque o trabalho ao longo desses meses foi construído em cima de um plano que unificasse e tivesse as suas carreiras concebidas de forma diferente. A Educação, Saúde, Assistência, Segurança e Mobilidade e quadro geral. Desmembrar qualquer projeto agora é recomeçar tudo que foi feito, é dizer pra gente: ‘descarte o que vocês fizeram e comecem de novo’. Tivemos todo o trabalho de uma comissão técnica, um comitê eleito, uma empresa de consultoria contratada. Então essa possibilidade de desmembramento não existe”.

Foto: Victor Eduardo/DeFato Online
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