Conceição do Mato Dentro decretará situação de emergência por causa dos estragos da chuva
Mau tempo danificou pontes de acesso a comunidades e pôs em alerta famílias que moram em áreas de risco
A Defesa Civil de Conceição do Mato Dentro informou que o volume de chuva na cidade superou as estimativas desde a última sexta-feira, 2 de fevereiro. A força da natureza danificou pelo menos cinco pontes na região central do município, além de acessos a comunidades e distritos. Um dos casos está na localidade de Capitão Felizardo, onde a ponte destruída comprometeu o escoamento da produção de leite e queijo.
Coordenador da Defesa Civil no município, Júlio César Ferreira citou que outros danos envolveram queda de árvores – com ameaças sobre a rede elétrica -, taludes e barrancos, enxurradas e casas “condenadas” a desabarem. Famílias foram retiradas de regiões de risco e encaminhadas a casas de parentes ou ao aluguel social, conforme o coordenador.
Uma força-tarefa envolve a Defesa Civil, Cemig, Anglo American, o grupamento de bombeiros e outros atores. Júlio César citou que um trabalho crítico mobilizou esforços nos últimos dias: a ancoragem da bomba da Copasa que faz a captação de água no rio Santo Antônio. Com a cheia do rio, a força das águas arrastava a bomba e pôs em risco todo o abastecimento do município.
Segundo o coordenador, a mineradora Anglo forneceu um caminhão com plataforma elevatória para agir, por exemplo, no corte das árvores com risco de cair. A situação da cidade, afirma o profissional, está por ora sob controle.
Um relatório de todos os danos provocados pela chuva no município deve ser concluído em breve. O levantamento deve servir para que Conceição do Mato Dentro declare situação de emergência, o que garantirá mais facilidade à Prefeitura para pedir verbas estaduais e federais e eliminar a burocracia nos gastos públicos para reparar desastres.
“Estamos levantando os prejuízos para que possamos alimentar o sistema S2ID (Sistema Integrado de Informações sobre Desastres), e fazer o pedido de decretação de emergência”, observou Júlio César.