“Planejamos um novo modelo de mineração para Itabira”, diz gerente da Vale a empresários locais
O futuro de Itabira pós-exaustão das minas operadas pela Vale foi tema de reflexão durante o evento Marcas Mais Lembradas, promovido por DeFato na noite dessa quarta-feira, 19 de dezembro, no teatro da Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade (FCCDA). Em discurso em nome dos homenageados, o gerente executivo da empresa, Rodrigo Chaves, falou sobre […]
O futuro de Itabira pós-exaustão das minas operadas pela Vale foi tema de reflexão durante o evento Marcas Mais Lembradas, promovido por DeFato na noite dessa quarta-feira, 19 de dezembro, no teatro da Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade (FCCDA). Em discurso em nome dos homenageados, o gerente executivo da empresa, Rodrigo Chaves, falou sobre os planos da companhia para depois que a exploração de minério de ferro chegar ao fim na cidade e da relação da Vale com os itabiranos.
Em uma plateia essencialmente formada por empresários, Rodrigo Chaves reafirmou o que já havia dito em público e entrevistas à imprensa em outras oportunidades. Disse que a Vale planeja para Itabira “um novo modelo de mineração”, sustentado pelas usinas de beneficiamento instaladas em Cauê e Conceição. Nos últimos anos, a empresa investiu cerca de 3 milhões de dólares nos equipamentos.
“O que eu queria dizer para vocês é que a partir de 2028, ou em torno de 2028, o que a gente planeja é um novo modelo de mineração para Itabira. A gente vai continuar fazendo um produto de alta qualidade, gerando sustentabilidade para o município”, afirmou Chaves, citando o prazo de dez anos estipulado pela Vale para exaustão das minas de Itabira.
As usinas citadas pelo gerente executivo beneficiam o pellet feed, minério que segue para a usina de pelotização de Tubarão, no Espírito Santo. O produto ainda é o mais rentável da Vale, vendido a preços acima da média de referência no exterior. Mas, aos poucos, outro produto tem chamado atenção dos compradores: o Brazilian Blend Fines (BRBF), que também leva minério de Itabira.
“Os produtos que a gente faz em Itabira representam a nossa marca na China e no Japão e conseguem derrubar o produto australiano. O pellet feed que a gente produz em Itabira é essencial para o mercado. O sinter feed que a gente ainda produz em Itabira é misturado ao sinter feed de Carajás para formar hoje um novo produto, que, na verdade, está se tornando uma nova marca lá fora, que é o Brazilian Blend. A gente promove o blend do nosso minério mais rico, que é o de Carajás, com o minério que hoje está mais pobre, da região sudeste. Fizemos um produto que está competindo e ganhando do minério australiano lá fora”, comentou Rodrigo Chaves.
Marca itabirana
Rodrigo Chaves recebeu pela Vale o certificado “Desenvolvimento Econômico Regional” no evento Marcas Mais Lembradas. O gerente aproveitou a presença de empresários para reforçar o papel da empresa no ciclo econômico de Itabira.
“Nós da Vale fazemos parte da história de vocês. Nós ajudamos e somos ajudados. Essa é a corrente que a gente acredita. Uma corrente que é do bem, que ajuda a promover o desenvolvimento. Isso que o empresário faz”, comentou.
“Quando a gente vai mundo afora, a Vale, para o chinês ou para o japonês, é uma marca itabirana. É uma marca brasileira que está vencendo no exterior”, continuou Rodrigo Chaves, que finalizou: “Nosso objetivo é continuar em Itabira, continuar sendo uma marca itabirana, produzindo em Itabira.”
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