Júri condena assassino de Darlielle Ster a 17 anos de prisão; laudo de semi-imputabilidade foi atenuante
Segundo o laudo da perícia, a jovem morreu de asfixia mecânica por constrição cervical por instrumento físico
Chegou ao fim, na tarde de terça-feira (14), o júri popular de Marcelo Pereira Felipe Pratti, pelo assassinato da jovem Darlielle Ster, cometido em outubro de 2021. Na condenação, Marcelo foi sentenciado a 25 anos de prisão. No entanto, a defesa do réu apresentou um laudo de semi-imputabilidade que possibilitou a atenuação da pena, reduzindo-a para 17 anos em regime fechado. Segundo o laudo da Perícia, Marcelo possui retardo mental leve e no momento do crime possuía o discernimento reduzido.
De acordo com o Dr. João Paulo de Souza Junior, o júri também absolveu o réu ”pela não completude de materialidade em razão das duas acusações de furto” das quais Marcelo era acusado.
A sessão foi iniciada por volta das 10h30, onde logo no início, Marcelo Pratti assumiu a autoria do assassinato e disse estar ‘profundamente arrependido’. Na sequência, o Promotor de Justiça, Dr. Jorge Victor Cunha Barreto da Silva, deu início a sua apresentação, solidarizando à família da vítima e elucidando os fatos do crime. Segundo o laudo da perícia, a jovem morreu de asfixia mecânica por constrição cervical (estrangulamento), por instrumento físico.
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Familiares manifestaram por justiça
Antes da sessão ser iniciada, familiares e amigos da jovem manifestaram em frente ao Fórum. Empunhando cartazes e vestidos com camisetas que estampavam a foto de Darlielli, eles clamavam por ‘justiça’. Visivelmente abalada e ansiosa pelo desfecho do julgamento, Rosiane de Oliveira, uma das tias da vítima, lembrou da jovem como a base de sua família. Em entrevista à DeFato, Rosiane pediu por justiça, dizendo:
‘‘Eu quero que a lei de Deus e dos homens seja feita. Eu confio em Deus, sei que ele não falhará. Mas quero que ele (Marcelo) pague pelo que fez. Darlielli era uma menina carinhosa, querida por todos [… ] No começo eu estava com muita raiva dele, mas agora só peço a Deus para fazer justiça para nós, por ela e todas as mulheres.’’
Sobre o resultado do tribunal, uma outra familiar da vítima que preferiu não ser identificada, afirmou que a justiça foi feita, mas de forma insuficiente: ‘‘Ele vai pagar pelo que fez, mas ainda foi muito pouco’’
Relembre o caso
Em 14 de outubro de 2021, Darlielle Ster foi assassinada dentro de uma residência na rua dos Comerciantes, no bairro Gabiroba. A jovem teria ido ao encontro de Marcelo para encontrar o seu primo, fruto do relacionamento do homem com a sua tia. Dentro da casa a jovem foi estrangulada por Marcelo, que após o crime, fugiu do local com uma motocicleta, levando R$75 e o aparelho celular da vítima.
Ele foi encontrado pelos policiais em uma mata na região do Jambreiro, próximo ao bairro Chapada, na zona rural da cidade. Após a prisão, em conversa com os policiais, Marcelo assumiu a autoria do crime, e disse que durante a visita de Darlielli, foi surpreendido pela jovem que o havia atacado com uma faca. Marcelo disse que para se defender segurou a mulher pelo pescoço e acabou lhe estrangulando. Ele também afirmou que tinha boas relações com a vítima e que estava arrependido de ter cometido o crime.
Já os familiares da vítima informaram que o homem teria cometido o crime como forma de vingança, pois ele não aceitava o fim do relacionamento e vinha fazendo ameaças.