Bebê Rena do Brasil? Mulher é presa em Minas Gerais por stalkear médico
A pena para o crime varia de seis meses a dois anos de prisão
“Ela ficava me esperando na esquina do meu trabalho”, essa é parte de um relato de um médico, que prefere não ser identificado, que acusa Kawara Welch de o perseguir desde 2019. A mulher, que se apresenta como artista plástica, foi presa no início do mês por stalking, que é o ato de perseguir uma pessoa de forma obsessiva. A pena para o crime varia de seis meses a dois anos de prisão.
O caso foi divulgado no programa Fantástico desse último domingo (19). A reportagem conversou com o médico em Ituiutaba, no Triângulo Mineiro, onde o caso aconteceu. “Ela ficava me esperando na esquina do meu trabalho. Ela invadiu a minha clínica. Eu fui perseguido várias vezes”, disse o médico ao Fantástico.
Ele disse que conheceu Kawara em 2018. Ela foi atendida em um hospital particular, segundo o médico, com problemas de depressão. Ainda segundo a reportagem exibida na TV Globo, depois de outros dois atendimentos, a mulher procurou a clínica onde a vítima também trabalha. Foi quando o stalking começou a ganhar força.
“Ela teve acesso ao meu celular e começou a passar mensagens e fotos perturbadoras mesmo, amarrando lençol, corda no pescoço, despedia de mim. Eu entrei em pânico”, contou ele. Foi aí que, segundo o relato do médico ao Fantástico, Kawara passou a mandar mensagens em tom de ameaça. Ele, então, decidiu parar de atendê-la na clínica, mas ela insistiu.
Abuso de ligações e mensagens
O médico relatou ainda em entrevista ao Fantástico que, após a Kawara, descobrir o número do telefone, começou a persegui-lo também por ligações e mensagens de texto. “Ela chegou, em uma situação especial, a me passar 1.300 mensagens em um dia. E ligações ela chegou a me ligar mais de 500 ligações em um dia, um único dia. Eu troquei de número de celular umas três ou quatro vezes, mas parei de trocar porque vi que era totalmente inútil. Ela tinha uma facilidade incrível em achar meu número novo”, contou à reportagem.
Violência física
Em 2022, três anos após o início do stalking, a perseguição terminou em violência física. O médico contou Kawara invadiu o consultório onde uma paciente era atendida e houve troca de agressões com a mulher dele. Um ano depois, mais um ataque no mesmo local, com xingamentos e até acusação de roubo.
A polícia prendeu Kawara em flagrante, mas ela ficou apenas uma semana detida. Pagou fiança de R$ 3,5 mil e passou a responder em liberdade. Ela voltou a ser presa em março de 2023, quando a Justiça determinou a prisão preventiva dela pelo furto do celular e por voltar a descumprir as medidas cautelares.
Defesa nega stalking
Procurado pela reportagem do Fantástico, o advogado de Kawara disse que houve um envolvimento entre ela e o médico. E que a cliente não praticou nenhum dos crimes alegados.
O médico nega que tenha mantido qualquer relacionamento.
Bebê Rena?
Depois do caso repercutir nas redes sociais, usuários comparam a história com a minissérie da Netflix, “Bebê Rena”, que conta a história de Donny Dunn, alvo de abuso e perseguição.
Calma bebê rena https://t.co/i00VQ95bZY
— pH (@7hepH) May 20, 2024
bebe rena versão brasileira https://t.co/FcAOTelAGb
— camila (@meadowcami) May 20, 2024