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Conceicionenses entram em alerta após avanço do coronavírus no interior, veja vídeos

Conceicionenses entram em alerta após avanço do coronavírus no interior, veja vídeos

José Carlos Costa, de 34, é taxista há 15 anos em Conceição. Foto: Carol Vieira/DeFato

Há menos de uma semana, Conceição do Mato Dentro, conhecida como a capital mineira do ecoturismo, confirmou o primeiro caso de coronavírus (Covid-19) no município. Com aproximadamente 20 mil habitantes, a cidade tem adotado diferentes medidas para prevenir a disseminação da doença, como a abertura apenas do comércio essencial, realização de Jubileu online e fechamento dos parques naturais. Além disso, o município também adotou barreiras sanitárias e desenvolveu um hospital de campanha.

De acordo com uma pesquisa realizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a pandemia do coronavírus já espalhou casos por 71,5% das regiões brasileiras e avança em direção às cidades do interior, onde há menor oferta de Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) e respiradores. Eles compararam dados da semana de 27 de março a 23 de abril com os da semana de 17 a 23 de abril e constataram que a doença já é registrada em 100% das regiões mais populosas, e que o número de regiões menores com casos confirmados mais do que triplicou.

Dessa forma, a DeFato esteve em Conceição do Mato Dentro para acompanhar a reação do município ao primeiro caso confirmado de Covid-19. Veja vídeos:

Para Hélio Vagner, de 49, depois da confirmação do primeiro caso da doença no município a conscientização das pessoas tem aumentado. Dessa forma, atuando como agente fiscalizador da Prefeitura e responsável por manter a ordem na fila da Lotérica, Hélio conta que os conceicionenses tem respeitado o distanciamento exigido e também estão usando máscaras.

“Tem um ou outro que acha que estamos sobrepondo a ordem, agindo com autoridade e poder de polícia, no entanto, o nosso trabalho social é de orientar as pessoas para que elas fiquem longe uma das outras, ocupando o espaço adequado para se prevenir do vírus. Quando encontramos um resistente, falamos para ele pensar nos parentes, pais idosos e nas pessoas que ele tem dentro de casa, assim a pessoa toma um susto e se alerta, fazendo apenas um pedido. Nós evitamos chamar a polícia, como situação extrema, é preferível conversar e resolver amigavelmente”, afirma o agente.

José Carlos Costa, de 34, é taxista há 15 anos e disse que também tem percebido a mudança no comportamento dos conceicionenses. “Agora o pessoal está mais consciente. Eles estão usando máscara, álcool em gel com mais frequência. Porém ainda vê casos de conceicionenses sem máscaras querendo encarar a vida de outra forma”, afirma o taxista. Assim, ele relata que, em relação às corridas, o movimento caiu um pouco, porém tem trabalhado tomando as devidas precauções. José afirma que não está recebendo nenhuma ajuda e apoio financeiro.

“Como estamos no interior a maioria do transporte que a gente faz é para pessoas conhecidas, turistas e idosos. O comércio local também não está todo aberto para atender, então de uma certa forma o movimento cai para todo mundo. A gente tem tomado as medidas preventivas como o uso de máscaras,  batendo álcool nos bancos dos carros e desinfetando as portas com mais frequência. O pessoal entra a gente já coloca o álcool em gel nas mãos”, conta José.

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