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No primeiro dia de reabertura, bares e restaurantes se adaptam à nova realidade 

Bares e restaurantes de Itabira estão correndo contra o tempo para se adaptarem à nova realidade imposta pela pandemia de Covid-19. Nesta segunda-feira (10), após adotar o plano estadual Minas Consciente, os estabelecimentos itabiranos da categoria foram autorizados a retomar as atividades que permitem o consumo dentro dos locais, além do serviço Delivery. Confira aqui o plano completo.

Tal decisão tomada pelo Executivo na última sexta-feira (7) condiz com a integração de Itabira ao grupo de municípios mineiros que se encontram na fase amarela, nível intermediário da evolução do coronavírus. Além de bares e restaurantes, salão de beleza e clínicas de estética também foram autorizados a abrirem as portas a partir de hoje.

Apesar da flexibilização, para garantir o direito de reabertura, os empresários da cidade precisaram adotar protocolos de higienização além de códigos de conduta para orientar clientes e assim manter as medidas de prevenção à doença. De acordo com Delmo Coelho, proprietário do restaurante Apricci, a retomada das atividade aconteceu em hora oportuna depois de cinco meses funcionando apenas com o Delivery. Delmo conta que no pico da pandemia precisou demitir sete funcionários e a reabertura representa um respiro para o fluxo de caixa do restaurante.

Retomada

Segundo o empresário, o estabelecimento vai funcionar com um terço da sua capacidade de público disponível, além de cobrar o uso obrigatório de máscara e luvas descartáveis. Delmo afirma ainda que há disponibilidade de álcool 70 para a higienização da mão e para limpar as mesas. “Vamos tentar voltar para que a economia continua. Grandes expectativas nós não temos, mas é melhor estar aberto do que fechado. Muitas pessoas têm medo, outras estão realmente sem dinheiro. Mas vamos ir voltando devagar para entender como será o resultado”, disse o empresário.

As mesmas medidas também foram  adotadas pelo restaurante Chico Savassi, do proprietário Fernando Lage. Ele afirma que a disposição das mesas foi organizada para manter o distanciamento social exigido e que todos os funcionários foram equipados com os EPIs necessário para manter a prevenção da Covid-19. “Nós esterilizamos tudo o tempo todo. Ainda, nós estamos trabalhando apenas com copos descartáveis e também temos uma lava louça que já faz a higienização completa”.

Conforma o empresário, o setor já estava no seu limite financeiro e entrando para uma situação crítica. “Sabemos que é preciso ter os cuidados e que a responsabilidade de contaminação é grande, mas em contrapartida tem o outro lado também. Estamos no limite financeiro para segurar demissões, principalmente com o público reduzido. Agora é rezar para que a vacina chegue depressa”, afirma Fernando.

Bares abertos

Além dos restaurantes, os proprietários de bares também estão ansiosos para a retomada das atividades. De acordo com Ricardo Guerra, dono do Libertas Butiquim, era uma necessidade a reabertura dos bares após cinco meses fechados. “Nós estamos trabalhando para se adequar e reabrir da melhor maneira possível. Com a expectativa de retomada, nós reduzimos a quantidade de lugares disponíveis e priorizamos o espaço externo para maior ventilação. Ainda vamos reforçar a higienização de torneiras/lavabos e interditamos nosso espaço kids”, afirma o empresário.

Ricardo disse que todos os funcionários do estabelecimento vão utilizar máscaras convencionais e também no estilo face shield. “A gente espera que os próprios clientes também se adequem a essa realidade, por isso vamos afixar cartazes de orientação e regras”, esclarece o empresário.

Dessa forma, o mesmo também foi implantado pelo Valentim Empório Cervejeiro, segundo a empresária Sofia Ribeiro Pires Lage. Apesar de também estar empolgada com a retomada, Sofia afirma que preferiu abrir as portas na próxima semana para ter mais tempo de alinhar com a equipe todos os cuidados para a reabertura segura. Ela conta que o Valentim se reinventou na forma de vender, apostando nos vouchers e no atendimento Delivery, contudo a reabertura significa bastante para a permanência do bar no mercado. Segundo Sofia, muitos bares fecharam as portas por não ter subsídio para suportar os impactos.

“O Valentim conseguiu sobreviver aos tempos difíceis, operando de outra forma. Eu como dona de bar acredito que nós temos que confiar nas decisões do poder público baseadas no Minas Consciente. Estamos fazendo reuniões para aderir os protocolos do plano e também criamos regras para enfrentar essa pandemia. Contudo é impossível somente a equipe do bar fazer uma reabertura consciente, o cliente precisa ter responsabilidade”, afirma.

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