O Hospital Nossa Senhora das Dores (HSND) enviou ofício às operadoras de planos de saúde e estendeu para 31 de maio o prazo limite para o encerramento de sua maternidade privada. Até o momento, segundo a direção do HNSD, não foi feita uma proposta concreta para que os serviços de obstetrícia e pediatria continuem funcionando.
No fim de 2020, o HNSD comunicou às operadoras o prazo de 31 de março para a desativação do setor, caso não fossem encontradas alternativas financeiras. Contudo, essa é a segunda prorrogação do prazo anunciada pelo hospital. Isso porque no mês passado a instituição decidiu garantir o funcionamento da unidade até esta sexta-feira, 30, diante do caos vivenciado até então no enfrentamento à pandemia de Covid-19, com superlotação das alas destinadas à doença. Naquele momento, a instituição entendeu que os envolvidos não tinham tempo hábil para dar um desfecho ao impasse.
A maternidade do HNSD atende a saúde suplementar, ou seja, os usuários de planos de saúde. Conforme acompanhado por DeFato, desde que os atendimentos do Sistema Único de Saúde (SUS) foram transferidos para o Hospital Municipal Carlos Chagas (HMCC), em 2016, o HNSD alega inviabilidade financeira para manter o serviço somente para os atendimentos privados.
Em 2020, o setor registrou média de 40 partos por mês, sendo o número inviável ao custeio do serviço, com um déficit mensal de aproximadamente R$ 90 mil. Sem a maternidade e caso queiram manter o atendimento na saúde suplementar, usuários de Itabira terão que buscar assistência em João Monlevade, Belo Horizonte ou na região do Vale do Aço.
Confira o que já foi publicado sobre o tema:
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