Presídio desocupado: todos os detentos de Itabira já foram transferidos
Segundo informações oficiais, o Presídio de Itabira já foi inteiramente desocupado
Em cumprimento da determinação da juíza da 2ª vara Criminal de Itabira, Cibele Mourão Barroso de Figueiredo Oliveira, o presídio do município já foi inteiramente esvaziado. A informação é de que os pouco mais de 90 detentos que ainda estavam na unidade de Itabira, bem como a equipe de trabalho, já foram conduzidos a outras unidades prisionais. Na tarde dessa terça-feira (22), Cibele Mourão, apesar de estar no recesso forense, confirmou que a transferência foi concluída.
O documento de transferência, publicado em 22 de junho desse ano, diz que a medida foi necessária como segurança já que não há um plano de emergência em caso de colapso de barragem, que deveria ter sido apresentado pela Vale. A unidade prisional abrigava 290 detentos e está localizada às margens da MG-129, próxima à barragem do Itabiruçu, que apresenta nível 1 de risco de rompimento.
Na época, a juíza deixou claro que, enquanto não houver um plano de segurança para o presídio, a área estará interditada. “As pessoas do presídio não conseguem participar de instruções de auto salvamento. Eles não tem essas instruções todas que a população solta tem acesso. Então, ainda não se sabe se o plano vai ser cumprido ou não. Se não for cumprido, os presos ficarão transferidos até que o novo presídio esteja pronto”, explicou Cibele Mourão.
O delegado regional da Polícia Civil de Itabira, Helton Cota, também na época em que se iniciaram as transferência, demostrou preocupação quanto a segurança. Ele chegou a comentar que quem for preso pelas polícias Civil ou Militar terá de permanecer na cela provisória da própria delegacia, até que o estado indique a cidade que receberá aquele detento.
Ele também manifestou comentou em relação ao efetivo disponível para cumprir funções antes atribuídas aos policiais penais, como guarda e escolta de presos. “Temos poucos policiais em Itabira e eles vão passar a fazer outras funções que não deveriam ser nossas. Ou seja, as investigações vão parar. Não teremos condições de investigar mais crimes. A sensação de impunidade vai aumentar e, certamente, o índice de criminalidade também, é fato”, comentou, enfaticamente, Helton Cota, ainda em junho desse ano.
A reportagem da DeFato Online procurou a assessoria de comunicação de Secretaria de Estado da Justiça e Segurança Pública (Sejusp) de Minas Gerais para informações mais detalhadas. Porém, até a publicação dessa notícia, ainda não tinha recebido qualquer resposta.