Tarifa de ônibus em Itabira está entre as mais caras do país, mas subsídio reduz valor ao consumidor

Desde a última sexta-feira, reajuste subiu valor de R$ 5,85 para R$ 6,35

Tarifa de ônibus em Itabira está entre as mais caras do país, mas subsídio reduz valor ao consumidor
Foto: Arquivo DeFato
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O decreto 4.662, publicado no Diário Oficial Eletrônico na última sexta-feira (29), reajusta o valor da tarifa de ônibus em Itabira de R$ 5,85 para R$ 6,35. Desta forma, o município passa a ter uma das tarifas mais caras do Brasil atualmente. Comparada às capitais, por exemplo, Itabira ocupa o topo da tabela, cobrando 0,35 centavos a mais que Curitiba e Florianópolis, atuais líderes do ranking. Confira, abaixo, o preço das passagens em cada capital brasileira.

  • Curitiba (PR) – R$ 6
  • Florianópolis (SC) – R$ 6 (dinheiro) – R$ 4,98 (cartão)
  • Porto Velho (RO) – R$ 6 (tarifa inteira) – R$ 4,50 (cartão)
  • Recife (PE) – Varia de R$ 5,60 a R$ 2,70
  • Brasília (DF) – Varia de R$ 5,60 a R$ 2,70
  • Belo Horizonte (MG) – R$ 5,25
  • Salvador (BA) – R$ 5,20
  • Boa Vista (RR) – R$ 5
  • Cuiabá (MT) – R$ 4,95
  • Porto Alegre (RS) – R$ 4,80
  • João Pessoa (PB) – R$ 4,70
  • Campo Grande (MS) – R$ 4,65
  • Manaus (AM) – R$ 4,50
  • Fortaleza (CE) – R$ 4,50
  • Natal (RN) – R$ 4,50
  • Aracaju (SE) – R$ 4,50
  • Vitória (ES) – Varia de R$ 4,50 a R$ 3,90
  • São Paulo (SP) – R$ 4,40
  • Goiânia (GO) – R$ 4,30
  • Rio de Janeiro (RJ) – R$ 4,30
  • São Luís (MA) – Varia de R$ 4,20 a R$ 3,70
  • Belém (PA) – R$ 4
  • Teresina (PI) – R$ 4
  • Maceió (AL) – Varia de R$ 4 a R$ 3,70
  • Palmas (TO) – R$ 3,85
  • Macapá (AP) – R$ 3,70
  • Rio Branco (AC) – R$ 3,50

A informação foi trazida em primeira mão pelo radialista Vagner Ferreira, da Rádio Caraça. Até o momento, a Prefeitura não se manifestou sobre o decreto.

O itabirano só não paga os R$ 6,35 “na catraca” devido ao subsídio de R$ 34,9 milhões repassado à Cisne (atual Vita), responsável pelo transporte público em Itabira. Aprovado em uma polêmica votação na Câmara, o repasse feito pelo município ajuda a cobrir os atuais custos operacionais da empresa, sem que eles impactem diretamente no valor pago pelo usuário.

Sendo assim, como detalhado no próprio decreto da Prefeitura, a tarifa cobrada ao usuário final é de R$ 3, enquanto os R$ 3,35 restantes são repassados pelo município aos cofres da Cisne.

Anteriormente, quando a tarifa estava avaliada em R$ 5,85, a divisão era a seguinte: R$ 3 ao consumidor e R$ 2,85 à empresa. Ou seja, se por um lado o itabirano segue pagando o mesmo valor cobrado desde maio de 2023, a Cisne passa a lucrar ainda mais com a oferta do serviço.

tarifa Itabira
Foto: Reprodução

Risco

Em prática desde maio de 2023, o subsídio de quase R$ 35 milhões dura, a princípio, até o final deste ano. Portanto, caso a concessão não seja renovada, os R$ 6,35 seriam cobrados integralmente na catraca.