UPA do Fênix: terreno estava no calendário de mutirões da Itaurb

Segundo a assessoria de comunicação da Prefeitura de Itabira, estava previsto a limpeza de lotes no bairro Fênix, incluindo terrenos próximos a UPA

UPA do Fênix: terreno estava no calendário de mutirões da Itaurb
Foto: Internautas
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A Empresa de Desenvolvimento de Itabira (Itaurb) vem realizando mutirões de limpeza nos bairros da cidade. No cronograma de ações estava previsto a limpeza de vegetação em lotes no bairro Fênix, incluindo os terrenos próximos ao prédio construído para a abrigar uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) — mas estava abandonado desde 2015 — e que ardeu em chamas no último domingo (23).

“O terreno da UPA, bem como outros terrenos daquela região, estavam inseridos no calendário de mutirões da Itaurb, que já passou por outros bairros de Itabira nas últimas semanas e continuará por todas as regiões da cidade”, afirma a assessoria de comunicação da Prefeitura de Itabira em nota enviada à reportagem da DeFato.

Segundo investigações da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), o fogo teve início em um lote ao lado da UPA do Fênix e se alastrou pela alta vegetação. O incêndio foi causado por um homem, de 21 anos, que alegou ter tentado queimar com isqueiro uma linha de pipa.

“Os danos foram generalizados. O incêndio consumiu toda a estrutura, deixando apenas escombros”, ressalta a nota da Prefeitura de Itabira.

Segurança

Desde que foi entregue em 2015, o prédio da UPA do Fênix estava sem uso. Desde então, há relatos de furtos e outras infrações na estrutura. Mesmo assim, a edificação não contava com nenhum tipo de segurança, era cercada apenas com arame e contava com alta vegetação — uma situação de completo abandono.

De acordo com a assessoria de comunicação da Prefeitura de Itabira, a vigilância nos prédios públicos é feita por câmeras desde 2019, quando aconteceu a demissão de 160 rondantes da Itaurb. Porém, esse monitoramento não acontecia na UPA do Fênix.

“Naquela região, câmeras de vigilância estão instaladas no prédio que abriga o PSF do João XXIII/Machado e a Farmácia de Minas. A atual administração tem lutado pela reintegração dos rondantes para que a vigilância nos prédios públicos seja reforçada e feita com a devida eficácia, como acontece nos imóveis já possuem vigilância de rondantes reintegrados”, destaca a comunicação da Prefeitura de Itabira.

O prefeito Marco Antônio Lage (PSB), no dia em que aconteceu o incêndio, demonstrou indignação quanto ao abandono da UPA do Fênix — um posicionamento reforçado pela nota do Executivo Municipal: “a atual gestão reafirma sua indignação com a situação daquela edificação, projetada para ser uma UPA, mas que, nos últimos 6 anos, não cumpriu sua finalidade, seja por irregularidades ou falta de vontade política. A Prefeitura ressalta que acompanhará e colaborará com as investigações das autoridades policiais e órgãos fiscalizadores, além de promover um procedimento interno de todo o processo que envolve a construção da UPA e a aplicação dos recursos públicos”.

Porém, desde o início de 2021, a gestão Marco Antônio Lage é responsável pela edificação. Mesmo assim, situação de abandono permaneceu a mesma dos anos anteriores: imóvel fechado, sem nenhuma segurança e ocupado por alta vegetação — que acabou propagando as chamas que consumiram a estrutura.

Utilização

A Prefeitura de Itabira alega que vinha realizando estudos para aproveitamento da estrutura em programas do município. “Uma das possibilidades era um Centro de Convivência, que envolvesse Cultura, Educação e Assistência Social. O espaço faria parte de um complexo que também envolve o espaço do PAC, localizado logo a frente, cujo a atual gestão também encontrou abandonado há mais de dez anos e trabalha para que a licitação seja publicada no início de junho para continuidade das obras”.

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