Vale inicia trabalhos para descomissionar diques na barragem do Pontal

Primeiras ações consistem em levantamentos topográficos e sondagens geotécnicas na região da estrutura de contenção de rejeitos

Vale inicia trabalhos para descomissionar diques na barragem do Pontal
Foto: Esdras Vinicius
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A Vale dá início nesta semana aos trabalhos que visam o descomissionamento dos diques internos da Barragem do Pontal, em Itabira. De acordo com a mineradora, as primeiras ações consistem em levantamentos topográficos e sondagens geotécnicas que permitirão um levantamento mais preciso das características das estruturas.

Os trabalhos de sondagem serão feitos apenas nas áreas internas da empresa, nos limites do Cordão do Nova Vista, um dos diques a serem desativados. Já as atividades de topografia ocorrem no entorno da barragem. Os levantamentos serão feitos por empresas contratadas pela Vale, de segunda a sábado, de 7h às 17h. Toda essa etapa tem previsão de durar 60 dias.

“O objetivo é investigar as características desta área para subsidiar os estudos de engenharia necessários ao desenvolvimento dos projetos para a descaracterização dos diques internos do Sistema Pontal. Essa ação atende à legislação vigente que determina a eliminação de estruturas construídas pelo método a montante e, assim, dos riscos a elas associados”, diz comunicado distribuído pela mineradora.

No fim do ano passado, em audiência pública promovida pela Câmara de Vereadores de Itabira, o gerente-geral da Vale na cidade, Rodrigo Chaves, afirmou que a empresa tem planos de descomissionar diques em pelo menos três barragens de Itabira: Pontal, Conceição e Rio de Peixe. No caso do Complexo Pontal, onde os trabalhos de sondagem terão início, uma das estruturas, chamada de Dique 2, está em nível 1 de risco de rompimento desde abril do ano passado, por falta de declaração de estabilidade.

A Vale reitera que o Sistema Pontal está paralisado e não recebe rejeitos atualmente. A empresa diz que “as estruturas são monitoradas permanentemente para avaliação da segurança operacional e passam por constantes auditorias, independentes e externas, indicadas pelo Ministério Público de Minas Gerais”.

Ainda em comunicado, a mineradora afirmou que, ao fim dos levantamentos, “compartilhará com a comunidade e demais partes interessadas a solução de engenharia proposta e prestará todos os esclarecimentos necessários”.

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