Deputado pede redução no número de cadeiras e corte dos salários pela metade na ALMG
Alegando necessidade de “cortar na carne”, Léo Portela (PR) apresentou requerimentos à Mesa da Assembleia Legislativa de Minas Gerais
O deputado estadual Léo Portela (PR) apresentou, nesta semana, dois requerimentos à Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) sugerindo o corte dos salários dos parlamentares mineiros pela metade e a redução do número de cadeiras da Casa Legislativa também em 50%. Segundo o republicano, o momento que atravessa o Brasil exige medidas enérgicas e cortes profundos “na carne”.
A ALMG tem atualmente 77 deputados. Cada um recebe R$ 25.322,25 de salário bruto, além de benefícios como dois salários a mais a título de auxílio-paletó (um no primeiro ano e o outro no último ano do mandato), verba indenizatória de até R$ 27 mil para gastar com despesas do cargo por mês e a disponibilidade de R$ 105.273,00 para pagar os funcionários de gabinete. Ainda há o auxílio-moradia, hoje estipulado em cerca de R$ 4,5 mil por mês.
Somados salários e benefícios, a manutenção dos gabinetes dos 77 deputados estaduais de Minas Gerais custou mais de R$ 50 milhões no ano passado. Considerando todas as verbas que podem requisitar, cada deputado pode custar por mês aos contribuintes R$ 161.973,48 em Minas Gerais.
Para Leo Portela, é inadmissível que ocupantes de cargos no Legislativo, Executivo e Judiciário tenham tantas benesses. Por meio dos requerimentos 11.000/2018 e 11.001/2018, o deputado pede mudanças na ALMG.
“A gente espera que os pares estejam sensíveis a este momento de dificuldades que o Brasil passa e aos anseios da população. Que eles acompanhem os pensamentos da população a respeito dos salários e das regalias dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário”, afirmou Léo Portela, em entrevista a DeFato Online.
O deputado frisou que, desde o início do mandato, abriu mão de receber o auxílio-moradia e que votou a favor da lei que acabou com a aposentadoria especial para os parlamentares mineiros. “Nós não estamos fazendo nada além do que o povo quer”, finalizou.