Pablo Lobato: a arte do cinema para a promoção de encantos e conhecimentos
O artista plástico é o idealizador do Festival de Cinema de Barão de Cocais e Santa Bárbara
Em meados da década de 90, o artista plástico Pablo Lobato iniciou a sua trajetória. Desde então, desenvolve o seu trabalho com muita habilidade por meio de linguagem característica. A obra de Lobato começou a criar fôlego com a utilização da escala comunitária como referência. Daí nasceu a Escultura Comunitária (#1) como uma nova forma de criar e tecer a escultura ativa das singularidades locais. Cuidar, cultivar e compartilhar são condições para se esculpir comunitariamente.
O interesse pela arte começou em sua terra natal, Bom Despacho, região do Alto São Francisco, Minas Gerais. Os estudos das artes, cinema e fotografia possibilitaram o desenvolvimento de trabalhos com uma diversificação de linguagens. Lobato elaborou a produção visual do “Festival Bárbara Cocais”.
O conceito do festival surgiu a partir da primeira Escultura Comunitária, um projeto de longa duração e que tem a formação humana como foco primordial. Lobato ressalta que “o cinema é o meio para se compartilhar saberes e o cuidar é o propósito. Além do Festival Bárbara de Cocais – Cinema e Formação Humana, a escultura envolve pesquisas, visitas, conversas e uma mostra itinerante de cinema, gerando encontros”.
Pablo Lobato apresenta a definição do Festival de Cinema: “Bárbara de Cocais tece uma escuta ativa às singularidades locais. Ela trama gestos que, num alinhavo cuidador, se aproximam com curiosidade da formação humana. Essa fala reflete o espírito da Escultura Bárbara de Cocais, concebida como algo vivo que se confunde com o que pode se tornar. Evocá-la já é o começo da escultura, território de encontros, obra de uma comunidade cuidadora. A escuta ativa é a atenção dedicada às particularidades e necessidades de cada comunidade local, valorizando as vozes e experiências das pessoas que vivem nesses lugares”, sintetiza.
O produtor fala também da importância da exibição de duas obras de sua autoria. “Ter os dois filmes no festival é extremamente gratificante. “Dos 3 aos 3” (2023) e “Oroboro” (2024) são as melhores traduções de onde estou com meu trabalho hoje. Ver os dois filmes juntos no contexto do Festival, dialogando com outras obras e atividades, reforça a conexão entre arte e formação humana, propósito da escultura. Será uma grande oportunidade poder compartilhar com o público os aprendizados que surgiram durante esses encontros de criação”, afirma Pablo Lobato.