Agora como dirigente, Didi volta ao Valério após 13 anos

O ex-atacante Didi em atuação no futebol romeno

Agora como dirigente, Didi volta ao Valério após 13 anos

Cleidimar Magalhães Silva, o Didi, está de volta ao Valério. Treze anos depois, o ex-atleta, revelado pelo Dragão no início dos anos 2000, agora retorna para exercer a função de dirigente. Ele assume a condição de vice-presidente de Futebol e terá a tarefa de auxiliar o presidente Luiz Precata na dura missão de tirar o Dragão da última divisão do Campeonato Mineiro. Os problemas são muitos, mas a vontade de fazer dar certo também é grande.

Didi começou a jogar futebol nas categorias de base do Valério em 1997. Cresceu dentro do clube e chegou ao profissional em 2001. Entre idas e vindas, atuou pelo Dragão até 2004. Rodou por times brasileiros e foi tentar a sorte no exterior. Jogou em equipes portuguesas e foi ídolo na Romênia, onde encerrou carreira aos 31 anos por causa de sucessivos problemas nos dois joelhos.

No Valério, reencontrará na direção do clube o novo gerente de Futebol José Carlos Felipe, o “Felipão”, que foi seu primeiro treinador na base do Dragão. Os dois estarão à frente do projeto de reformular as categorias inferiores do VEC, algo que Didi conheceu bem no início da carreira e que se perdeu ao longo dos anos no time itabirano. “Precisamos valorizar a prata da casa e as categorias de base. Quando comecei, em 1997, tínhamos do infantil ao profissional no Valério. Futebol é feito de etapas. Não adianta você querer pular etapas e ficar dando murros em ponta de faca”, analisa.

O ex-jogador afirma estar cientes das dificuldades que vai encontrar no Valério. Na última quinta-feira, 16 de março, o presidente Luiz Precata anunciou que o clube tem dívidas na casa dos R$ 8 milhões. Com poucos recursos e muitos problemas, a intenção é buscar parcerias com o futebol amador para revelar atletas. Didi elogia a disposição do mandatário do VEC e aponta que foi esse um dos motivos que o fez aceitar integrar a diretoria.

“Sei das dificuldades que o presidente está encontrando e aceitei esse desafio porque vejo que ele está empenhado e se dedicando. Mas não basta só ter vontade, temos que ter também pessoas que possam nos ajudar nessa caminhada. Se for da vontade Deus, trabalhando com os pés no chão, retornaremos com o Valério para o Módulo II”, afirma o novo vice de Futebol.


Trabalho agora é fora de campo: Didi ao lado de Felipão e do presidente Precata                                           Foto: Rodrigo Andrade/DeFato

Experiência

A vivência no futebol e as várias realidades conhecidas são trunfos de Didi para colocar o Valério no rumo certo. No Velho Continente, o ex-atacante conquistou títulos nacionais na Romênia e jogou até pela Europa Champions League. Encarou times como Chelsea, Roma e Bordeux. 

De Portugal, o ex-atleta cita o exemplo do Leixões, clube pequeno que tem boa estrutura e consegue diversificar suas atividades. “Lá não se fala só em futebol, também há os esportes especializados. Eles disputam campeonatos de natação, ciclismo… e com uma estrutura idêntica ou menor à do Valério. Acho que o presidente também precisa pensar nisso, trazer o esporte especializado. O Valério não pode só focar no futebol. Pela estrutura que o Valério tem, temos que pensar mais alto”, avalia.

O ex-jogador também traz na bagagem contatos que podem ser usados no momento certo. Didi comenta que tem amizade com empresários e pessoas influentes do futebol que podem até fazer a ponte para levar atletas locais para outros centros do futebol. Ele, no entanto, pondera que o trabalho precisa ser bem feito no Valério, para que a experiência não seja negativa.

“Para que isso ocorra precisamos ter jogadores qualificados e preparados. Não adianta levar um atleta para a Europa e chegar lá ele sequer ter passado pela categoria de base. É o que eu falei para o presidente: vamos trabalhar com pés no chão, com tranquilidade, que naturalmente a gente vai colher frutos bons”, finaliza. 

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