Retrospectiva 2019: os casos de homicídios que marcaram o ano em Itabira
Balanço feito pela Polícia Civil demonstra que em 2019 já foram registrados sete homicídios a mais que no ano passado.
No ano de 2019 foram registrados 22 homicídios em Itabira, até aqui. Foram três assassinatos em fevereiro, três em junho, três em julho, dois em agosto, um em setembro, um em outubro, cinco em novembro e quatro em dezembro. Os bairros com maiores incidências são: Pedreira do Instituto, Monsenhor José Lopes, Nova Vista, Jardim das Oliveiras e Madre Maria de Jesus. Os dados são da 3ª Delegacia Regional de Polícia Civil que promete que, “muito em breve dará uma resposta para a sociedade em relação a todos esses homicídios”. Relembre alguns desses casos na retrospectiva a seguir!
16 de fevereiro – Gledison Rodrigues Cordeiro, de 24 anos, é baleado na cabeça, tórax e orelha esquerda, na rua Cornélio Pena, no bairro Quatorze de Fevereiro. A vítima lavava seu carro em frente a casa de sua namorada quando foi surpreendido pelo autor do crime. Gledison chegou a ser socorrido e levado para o Pronto-Socorro, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu.
19 de fevereiro – Gilsinei Pereira de Abreu, de 21 anos, foi morto com duas perfurações no tórax, no lado direito, após uma troca de tiros na rua Vereador José Getúlio Soares, no bairro Eldorado. No local do crime a perícia da Polícia Civil recolheu um aparelho celular, 13 cápsulas calibre 380 e uma cápsula 9 mm deflagradas. Com a vítima foi encontrado uma bucha de maconha e uma carteira de couro com cerca de R$ 590.
26 de fevereiro – Sidney Valadares da Silva, de 29 anos, foi encontrado desacordado caído na entrada de acesso ao campo do bairro Pedreira. Ele foi socorrido pelo Samu e encaminhado para o Pronto Socorro, com uma perfuração na cabeça. Ele não resistiu aos ferimentos e faleceu. Sidney da Silva cumpria prisão no regime de semiaberto.
14 de julho – O corpo de um homem, de 42 anos, foi encontrado com várias perfurações de faca dentro de um carro. O crime aconteceu na rua Ouro Branco, antiga rua 1, no bairro Jardim das Oliveiras. Segundo a polícia, a vítima era suspeita de ter participado de uma tentativa de homicídio ocorrida no bairro Praia, quando na ocasião havia sido ameaçada de morte.
18 de julho – Elizabeth Aparecida Gonçalves, de 47 anos, teve o corpo incendiado enquanto estava na casa de um vizinho, na rua Beta, no bairro Água Fresca. O autor do crime foi seu ex-marido, Antônio Carlos Gonçalves, de 49 anos, que faleceu quatro dias após o homicídio. Ele também foi atingido pelas chamas no ataque que também matou o aposentado Antônio Brito da Silva, de 78 anos.
17 de agosto – Josiel Gonçalves Santos, de 18 anos, faleceu um dia após ter sido baleado no bairro Pedreira. O crime aconteceu em uma escadaria entre as rua João de Barro e Tucanos. A vítima foi atingida por disparos de arma de fogo nas coxas e na virilha e foi socorrida em estado grave. Passou por uma cirurgia no Pronto Socorro e, em seguida, foi encaminhado para a UTI do Hospital Nossa Senhora das Dores, onde acabou não resistindo aos ferimentos e faleceu.
31 de agosto – A PM foi chamada no Engenho, zona rural de Itabira, onde havia um carro abandonado próximo a um bananal com um homem aparentemente morto. A polícia então constatou que o carro havia sido utilizado na tentativa de homicídio. O homem, que estava no banco do passageiro já sem sinais vitais era R.J., um ex detento que havia saído recentemente do presídio em Caeté. Ele tinha passagens pela polícia por roubo, homicídio e tráfico.
14 de setembro – Uma jovem de vinte anos foi assassinada com cinco tiros ao lado do vestiário de uma quadra de esportes na Rua José Cândido da Silva, no Bairro Clóvis Alvim I, em Itabira.
24 de outubro – F.P.C., de 18 anos, foi assassinado na praça João de Barro, no bairro Pedreira. O local do crime fica em uma área movimentada, onde, inclusive, tem um ponto de ônibus.
9 de novembro – Cristóvão da Silva Torres, de 51 anos, foi morto com golpe de faca e o principal suspeito de ser o autor do crime é o próprio filho de 23 anos. Na noite anterior, o suspeito discutiu com o pai, em seguida foi até um bar e assumiu a autoria do crime para o tio. O parente, que no momento não acreditou, ao chegar em casa pela manhã deparou com o corpo do irmão. A ocorrência foi registrada na rua Santana, no bairro Penha.
10 de novembro – A morte da adolescente, Natiene Maria da Silva, de 14 anos, chocou os moradores do pacato povoado da Serra dos Alves, no distrito de Senhora do Carmo. O corpo da menina foi encontrado dentro de um córrego. Ela estava desaparecida desde a noite do dia anterior. Um homem de 32 anos confessou à Polícia Civil ser o autor do crime. Ele assumiu que assassinou a jovem após uma discussão, razão pela qual “perdeu a cabeça e a asfixiou”, jogando o seu corpo em seguida em um córrego.
19 de novembro – O mototaxista Marcone Martins Sarmento, de 41 anos, foi morto na estrada 105, altura do bairro Vila Amélia, em Itabira. A vítima foi executada com cinco tiros, sendo três na cabeça e dois nas costas. No local não havia cápsulas de munições, levantando a hipótese de que o atirador pode ter usado um revólver para matar a vítima.
23 de novembro – Bruno Augusto Silva Alves, de 22 anos, foi assassinado a tiros em uma barbearia à rua Tabelião Valdemar de Alvarenga Lage, no bairro Gabiroba. A vítima não resistiu aos ferimentos e morreu dentro do estabelecimento comercial. A perícia constatou cinco perfurações de bala, sendo quatro na nuca e uma nas costas.
27 de novembro – Bruno Alves Moura foi baleado no peito e no pescoço, na rua dos Metalúrgicos, no bairro Gabiroba. A vítima correu para casa, com o intuito de se esconder e acabou falecendo na frente de seu pai.
6 de dezembro – Itabira registrou dois homicídios em menos de 24h. Moisés Messias Santos estava em uma agência de veículos quando foi surpreendido por dois homens, em uma moto XRE, que efetuaram vários disparos contra a vítima. O crime aconteceu na avenida das Rosas, no bairro São Pedro, em Itabira. À noite, Luis Carlos de Souza, de 53 anos, foi morto com um tiro na cabeça. O crime aconteceu na rua Galileia, no bairro Bethânia. Um garoto de 12 anos é o principal suspeito de ter cometido o homicídio.
10 de dezembro – Zaqueu Washington Madeira Junior, de 21 anos, foi executado na Rodovia MGC-120, entre os bairros Praia e Gabiroba. Durante os trabalhos periciais, foram constatadas 27 perfurações no corpo, sendo que a maioria foi na cabeça.
25 de dezembro – A manhã de Natal em Itabira foi marcada pelo assassinato de Felipe Silva Santos, de 23 anos. O crime aconteceu na na rua Gaivota, no alto da Barbacena, no bairro Pedreira. Ele foi encontrado caído ao lado de uma moto Honda CG 150 Titan, cor preta, com uma perfuração no tórax, outra nas costas e várias na cabeça.
Crimes contra a vida
O Código Penal estabelece os crimes e suas penas no Brasil e, entre eles, estão os crimes dolosos contra a vida. Ou seja, aqueles em que o agente atenta contra a vida do ser humano com vontade direta ou indireta. A Constituição Federal estabelece que os crimes dolosos contra a vida, tentados ou consumados, serão julgados pelo Tribunal do Júri. Tais delitos estão previstos nos artigos 121 a 128 do Código Penal.
Os homicídios, atos de matar alguém, podem ser classificados como simples, com punição de seis a vinte anos. Já nos casos de homicídio qualificado, as penas vão de doze a trinta anos de reclusão. As mesmas penas valem para os casos de feminicídios, ou seja, o homicídio de uma mulher por razões da condição de sexo feminino. A pena é aumentada em um terço se for praticado durante a gestação da vítima ou nos três meses posteriores ao parto; contra pessoa com menos de 14 anos, maior de 60 ou com deficiência; ou na presença de descendente ou ascendente da vítima.