Especialista defende uso das tecnologias para fomentar empresas itabiranas
O palestrante apresentou números importantes sobre o cenário tecnológico no Brasil e no mundo
A “Transformação Digital Para Pequenas e Médias Empresas” foi o tema de palestra realizada na manhã desta quinta-feira, 10 de maio, no auditório da Acita, voltada a empreendedores. Ministrada pelo especialista Kelton Noroaldo, que tem mais de 20 anos em Tecnologia da Informação, o encontro contou com empresários da cidade e alunos da Escola Estadual Trajano Procópio Alvarenga Silva Monteiro (Premen) e da Escola de Formação Gerencial (EFG).
O palestrante abordou o uso das tecnologias para gerar novas possibilidades e resultar em geração de valor aos clientes. Para ele, a transformação digital é muito mais do que puramente tecnologia, mas é como esse fator influencia no comportamento social e mercadológico.
Kelton ainda “bateu na tecla” das mudanças de comportamento das empresas e quebra de paradigmas, especialmente as corporações mais tradicionais. Ele explicou como essa mudança deve ocorrer: “É democratizar mais as decisões do time, dar mais liberdade para os funcionários, ter uma forma de comunicação mais clara, dar feedback [avaliação dos resultados]. Eu acho que as empresas tradicionais não estão muito acostumadas a isso. Você dá um feedback para um funcionário e ele fica chateado. Feedback é algo construtivo”, defendeu.
Números
O palestrante apresentou números importantes sobre o cenário tecnológico no Brasil e no mundo. Conforme dados do ano passado aferidos pela empresa Sysorex, em 2008 apenas 14% das classes D e E estavam conectadas à internet no Brasil. Hoje, 92% da classe D e 88% da classe E possuem acesso. Existem atualmente 7 bilhões de dispositivos móveis sendo usados no mundo, além de 11 bilhões de dispositivos (entre móveis e não móveis) conectados à internet. São gastos diariamente 3,7 trilhões de dólares em transações pela internet. Daí, a importância de as empresas utilizarem as plataformas virtuais para fomentar seus negócios.
O profissional afirmou que, apesar de o país não investir em tecnologia e ter uma banda larga inferior aos países mais desenvolvidos, a conectividade das classes menos favorecidas apresentou aumento, o que reflete a necessidade de as empresas se transformarem digitalmente. “Isso, sim, faz com que a comunidade também force ou fomente esse consumo (das tecnologias) nas empresas”, encerrou.