Dez anos sem José Aparecido de Oliveira

José Aparecido faleceu em Belo Horizonte, no dia 19 de outubro de 2007

Dez anos sem José Aparecido de Oliveira

Com um currículo difícil de ser abreviado, José Aparecido de Oliveira foi um dos políticos mais importantes do século XX em Minas Gerais. 

“Zé Aparecido”, como era mais conhecido, foi secretário particular do presidente Jânio Quadros; primeiro ministro da Cultura do Brasil; embaixador do Brasil em Portugal; um dos fundadores da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP); Deputado Federal e ex-governador do Distrito Federal (DF). 

Considerado por muitos um político conciliador, José Aparecido nasceu em São Sebastião do Rio Preto, na região Central de Minas, em 17 de fevereiro de 1929. À época, São Sebastião do Rio Preto era apenas um distrito de Conceição do Mato Dentro. 

Foi redator político do Correio do Dia, jornal da UDN (União Democrática Nacional), em Belo Horizonte, tendo assinado artigos que dirigiam severas críticas a Juscelino Kubitschek, governador de Minas Gerais de 1951 a 1955. Durante esse período participou ativamente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas. Tornou-se Deputado Federal pela UDN em 1962 mas acabou tendo o mandato cassado após o golpe militar. Voltou à Câmara dos Deputados em 1982.

Foi governador do Distrito Federal de 1985 a 1988, ministro da Cultura entre setembro de 1988 e março de 1990 no governo de José Sarney e embaixador em Portugal no governo do presidente Itamar Franco.


Presidentes Itamar Franco e Mario Soares (Portugal) reafirmam o apoio à CPLP, na presença dos embaixadores José Aparecido de Oliveira e Pedro Ribeiro de Menezes

Seu último cargo político foi como assessor especial de Relações Internacionais na gestão de Itamar Franco no governo de Minas Gerais. Antes de adoecer, presidia a Fundação Oscar Niemeyer.

Nessa quinta-feira, 19 de outubro, completam dez anos da morte do político, que faleceu de insuficiência respiratória em Belo Horizonte. José Aparecido é pai do atual prefeito de Conceição do Mato Dentro, José Fernando (PMDB). 

O legado de José Aparecido, ainda está vivo, avalia José de Almeida Sana, fundador do Grupo DeFato, conterrâneo e grande amigo do são-sebastianense. 

“José Aparecido de Oliveira veio ao mundo, viveu, fez história e retornou ao que era antes de nascer sem que algum cientista, filósofo ou matemático o definisse”, cita. 

Sana lembra que Zé se intitulava jornalista, função exercida quando era um rapazote. “Tinha amigos no mundo inteiro”, completou. 

“Zé era um ser humano totalmente diferente como político, jornalista e amigo. Participei, ao lado de um de seus secretários, da elaboração de um livro chamado ‘José de todos os amigos’. Alguém muito importante, não sei se foi Magalhães Pinto, Millor Fernandes ou Ziraldo disse o seguinte, certa vez: ‘Se Zé Aparecido tivesse nascido nos Estados Unidos seria Kennedy; no Tibete, Buda; em Roma, com certeza absoluta, o Papa”.

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